Uma leitora do blog que se identifica como Fabíola, do Estado do Rio Grande do Norte, me mandou uma mensagem, por meio da nossa fanpage no Facebook, declarando que está cansada dos blogs que só falam maravilhas dos agentes penitenciários, quando na verdade eles (os agentes) não passam de corruptos, truculentos e pessoas más.
Sem querer aqui elevar o nível dessa discussão para ofensas já que eu também sou agente penitenciário, imediatamente, eu respondo dizendo que a grande maioria da sociedade por ignorância quanto a importância e nobreza da nossa profissão pensam da mesma forma que a mencionada leitora. Então, evidente que já tem muita gente para nos detratar, e o meu papel escrevendo neste canal de informação é mostrar que os servidores penitenciários são pessoas dignas e que realizam uma atividade de suma relevância para manutenção da paz social.
Na verdade, somente quem ao menos um dia trabalhou num presídio sabe o que os agentes penitenciários enfrentam na sua árdua rotina de labor. Estes heróis se deparam com toda sorte de situações hostis.
O agente penitenciário precisa se transformar numa espécie de super-herói para lidar com as vicissitudes de um "mundo cão" onde ele é visto como inimigo, o repressor, e no momento em que os declarados oponentes mais necessitam de ajuda, ele está prontamente a disposição para salvaguardar os presos dos males do ambiente carcerário.
Dentre as diversas hostilidades do intra muro está o tratar com os detentos que possuem problemas mentais e que necessitam de tratamento especializado, não na cadeia. Os agentes penitenciários não são capacitados para lidar com estes prisioneiros, sem falar que a própria massa carcerária usa estes presos doentes mentais contra o agente penitenciário.
No ano de 2003 um preso, com problemas mentais, influenciado pela população carcerária de um presídio no Estado da Bahia, atacou, com o uso de uma muleta, um agente penitenciário que teve a cabeça gravemente ferida com o golpe.
Não quero dizer que entre os servidores penitenciários só existam pessoas boas, não, sei que em qualquer seguimento social há os bons e os maus, e no sistema prisional não é diferente, porém acredito que a absoluta maioria é formada por excelentes profissionais.
O que acontece na realidade é que qualquer pessoa que trabalhar no ambiente prisional terá sua vida psicossocial alterada pela experiência em decorrência da agressividade do meio. Se o agente penitenciário for uma pessoa fraca de espírito, sem dúvidas sairá bem pior. Não são poucos os agentes penitenciários que se enveredam pelos caminhos das drogas, alcoolismo, e etc.
Eu não sei nada sobre a pessoa que me enviou a mensagem, mas se caso for parente, amigo ou visitante de preso saiba que, verdadeiramente, existe um vilão nesta história, e com certeza não é o agente penitenciário que dedica a sua vida para garantir que as pessoas transgressoras cumpram o dito determinante da execução penal.
O maior inimigo são os governos por não investirem em políticas penitenciárias que visem humanizar o sistema prisional. As vítimas, na minha opinião, são os usuários dos sistema prisional, principalmente, os servidores penitenciários e os presidiários que convivem neste ambiente hostil, onde nem ao menos sabem se sairão vivos de lá.
Sem querer aqui elevar o nível dessa discussão para ofensas já que eu também sou agente penitenciário, imediatamente, eu respondo dizendo que a grande maioria da sociedade por ignorância quanto a importância e nobreza da nossa profissão pensam da mesma forma que a mencionada leitora. Então, evidente que já tem muita gente para nos detratar, e o meu papel escrevendo neste canal de informação é mostrar que os servidores penitenciários são pessoas dignas e que realizam uma atividade de suma relevância para manutenção da paz social.
Na verdade, somente quem ao menos um dia trabalhou num presídio sabe o que os agentes penitenciários enfrentam na sua árdua rotina de labor. Estes heróis se deparam com toda sorte de situações hostis.
O agente penitenciário precisa se transformar numa espécie de super-herói para lidar com as vicissitudes de um "mundo cão" onde ele é visto como inimigo, o repressor, e no momento em que os declarados oponentes mais necessitam de ajuda, ele está prontamente a disposição para salvaguardar os presos dos males do ambiente carcerário.
Dentre as diversas hostilidades do intra muro está o tratar com os detentos que possuem problemas mentais e que necessitam de tratamento especializado, não na cadeia. Os agentes penitenciários não são capacitados para lidar com estes prisioneiros, sem falar que a própria massa carcerária usa estes presos doentes mentais contra o agente penitenciário.
No ano de 2003 um preso, com problemas mentais, influenciado pela população carcerária de um presídio no Estado da Bahia, atacou, com o uso de uma muleta, um agente penitenciário que teve a cabeça gravemente ferida com o golpe.
Não quero dizer que entre os servidores penitenciários só existam pessoas boas, não, sei que em qualquer seguimento social há os bons e os maus, e no sistema prisional não é diferente, porém acredito que a absoluta maioria é formada por excelentes profissionais.
O que acontece na realidade é que qualquer pessoa que trabalhar no ambiente prisional terá sua vida psicossocial alterada pela experiência em decorrência da agressividade do meio. Se o agente penitenciário for uma pessoa fraca de espírito, sem dúvidas sairá bem pior. Não são poucos os agentes penitenciários que se enveredam pelos caminhos das drogas, alcoolismo, e etc.
Eu não sei nada sobre a pessoa que me enviou a mensagem, mas se caso for parente, amigo ou visitante de preso saiba que, verdadeiramente, existe um vilão nesta história, e com certeza não é o agente penitenciário que dedica a sua vida para garantir que as pessoas transgressoras cumpram o dito determinante da execução penal.
O maior inimigo são os governos por não investirem em políticas penitenciárias que visem humanizar o sistema prisional. As vítimas, na minha opinião, são os usuários dos sistema prisional, principalmente, os servidores penitenciários e os presidiários que convivem neste ambiente hostil, onde nem ao menos sabem se sairão vivos de lá.