A revista vexatória é quando uma pessoa, seja amigo ou familiar de preso, para ter acesso ao pátio de visitação é submetida a inspeção corporal com desnudamento parcial ou total afim de evitar a entrada de drogas ou materiais ilícitos proibidos pela administração prisional.
Independente dos objetivos do embate criado por lados opostos, é de entendimento comum que este tipo de procedimento, considerado pela ONU (Organização das nações unidas) como tortura, fere a dignidade humana e configura-se severamente constrangedora tanto para a pessoa que se submete a prática quanto para o agente público.
Outro ponto convergente é a defesa do emprego de formas alternativas consideradas humanizadas, as quais algumas unidades prisionais já utilizam como o scanner humano, utilização de aparelhos detectores de metais, e outros equipamentos menos invasivos.
A partir do ano de 2015 vários Estados brasileiros passaram a adotar a revista humanizada realizando o procedimento com uso de equipamentos detectores de metais ou em casos suspeitos por intermédio da revista manual, todavia em várias unidades federativas a revista vexatória foi mantida.
Segundo o site carceraria.org.br, de propriedade da Pastoral Carcerária do Brasil, o Estado de São Paulo, no ano de 2014, foi obrigado a indenizar uma mulher em R$ 10.000,00 por ter sido submetida a revista vexatória.
Atualmente um fenômeno vem ocorrendo nos estabelecimentos prisionais do Brasil a revelia das autoridades fiscalizadoras da execução penal, administração prisional e da sociedade, ou pelo menos parte dela, em que foi abolida a mencionada prática abusiva.
Agentes penitenciários relatam que os visitantes estão sendo submetidos a revista vexatória dentro do pátio de visitação por determinação das lideranças das facções criminosas afim de manter o monopólio do tráfico de drogas no interior das unidades prisionais.
Com o fim da revista vexatória realizada pelos agentes penitenciários a maioria da população carcerária passou a incentivar os visitantes a trazerem drogas para uso pessoal do interno ou até mesmo para revender.
Esta modalidade igualitária de distribuição das drogas dentro do estabelecimento prisional determinaria prejuízos aos líderes das facções criminosas, levando os mesmos a criarem procedimentos inibitórios, altamente vexatórios, afim de manter o monopólio na comercialização das drogas e outros ilícitos.
As visitantes formam filas enormes no pátio de visitação onde um grupo de mulheres, também visitantes, escolhidas pelos líderes obrigam todos independente de gênero, a passarem por agachamentos e nudez.
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