Aprovados concurso CE 2014

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Mães, esposas e irmãs de presos são obrigadas a fazer sexo com chefes de facções criminosas no Maranhão


Mulheres e irmãs de detentos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís (MA), estariam sendo obrigadas a manter relações sexuais com líderes de facções criminosas, conforme alertou o juiz auxiliar da presidência do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) Douglas Martins.
— As parentes de presos sem poder dentro da prisão estão pagando esse preço para que eles não sejam assassinados. É uma grave violação de direitos humanos.
O magistrado esteve na sexta-feira (20) no presídio, um dia após o registro da 58ª morte do ano de um detento em Pedrinhas.
A informação sobre estupros de parentes de presos constará de relatório que será entregue brevemente ao presidente do CNJ e do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa. Após a visita ao complexo penitenciário, o juiz Martins cobrou providências do governo do Maranhão.
FONTE: ESTADÃO

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Parentes de presos do mensalão dizem que clima na Papuda é de revolta




Familiares de presos do Complexo Penitenciário da Papuda relatam clima de tensão dentro das unidades do presídio e afirmam que os detentos estão "revoltados" com o tratamento, considerado diferenciado, dado aos presos do mensalão.

Embora os relatos de insatisfação sejam comuns entre os parentes dos detentos, poucos confirmam rumores de uma possível rebelião.

Juízes da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal disseram ter recebido informações sobre uma possível rebelião a ser realizada na véspera do Natal.

Dos 20 familiares ouvidos pela Folha ontem durante o dia de visitas na Papuda, só duas mulheres confirmaram os rumores de rebelião.

"Conversei com vários e me disseram que ouviram falar de uma rebelião em outra unidade [da Papuda]", afirma Aparecida, 44, que visitou um parente no regime fechado.

Outra mulher diz ouvir do marido há semanas que existe, internamente, um receio de rebelião devido à revolta que a presença dos condenados no mensalão causou.

A insatisfação é motivada principalmente pelo tratamento diferenciado que os presos do mensalão tiveram ao receber visitas.

Na primeira semana, parlamentares tiveram acesso aos condenados no processo fora do horário regular e sem pegar fila. Depois, os presos do mensalão passaram a ter visitas às sextas -para os demais detentos, elas são restritas às quartas ou quintas.

Há duas semanas, a Vara de Execuções Penais suspendeu as visitas às sextas. Mas a revolta entre os familiares persiste, e há clima de insatisfação entre os detentos.

Os parentes organizam um abaixo-assinado por melhores condições no cárcere e pretendem entregá-lo em janeiro ao Ministério Público do Distrito Federal.

Ontem, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que a possibilidade de rebelião preocupa e "desperta a atenção", e que o órgão agirá caso isso ocorra.

Procurada, a Secretaria de Segurança do DF disse que boatos sobre rebeliões na Papuda "acontecem sempre" e que a última ocorreu em 2001. O órgão nega problemas no tratamento aos presos.

Fonte: Uol


Morre o segundo PM que passou mal em teste físico para seleção de tropa de elite da Bahia

O segundo soldado da Polícia Militar que passou mal durante Teste de Habilidade Específica (THE), para o Curso de Operações Policiais Especiais (Copes), morreu na noite desta quarta-feira, 18, no Hospital Aeroporto, em Salvador, onde estava internado.
A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da unidade médica. Luciano Fiuza de Santana, de 29 anos, do 12º Batalhão, que estava com estado de saúde considerado gravíssimo, sofreu falência múltipla de órgãos. No noite de terça, 18, o soldado Manoel dos Reis Freitas Júnior, de 34 anos, morreu, também no Hospital Aeroporto. A PM informou que o corpo será velado com honras militares na cidade de Valença (distante 272km de Salvador). O sepultamento acontece no cemitério da cidade, a partir das 10h desta quinta, 19.
Já o tenente Joserrise Mesquita de Barros Nascimento, 30, da Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE) Cerrado, que também passou mal, está internado no Hospital São Rafael e, segundo a PM, tem estado de saúde grave. O soldado Paulo David Capinam da Silva Pedro, 26, da 81ª CIPM/Itinga, internado no Hospital Aeroporto, não corre risco de morrer, de acordo com informações da Polícia Militar. A corporação informou, ainda, que além das equipes médicas dos hospitais, os policiais estão sendo acompanhados por oficiais médicos do quadro de saúde da PM, bem como os seus familiares, através do Serviço de Valorização Policial (SEVAP).

Processo seletivo
Todos passaram mal durante o teste que foi realizado no Batalhão de Choque da Polícia Militar, na segunda, 16. Em nota, a PM informou que os candidatos que participaram do processo seletivo foram voluntários e submetidos, por força de edital, a exames laboratoriais, cardiorrespiratórios e físicos, além de apresentarem laudo médico atestando sua capacidade física para a realização de atividades físicas de alto impacto. Ainda de acordo com a PM, associada à avaliação da saúde, os candidatos foram orientados com base em manual publicado na Intranet da PMBA e na diretriz das Forças Armadas que trata sobre cuidados para participantes de THE.
A polícia informou também que todos os procedimentos necessários para a aplicação do teste foram adotados, como: acompanhamento da coordenação do Curso, presença de ambulância com pessoal da área de saúde preparado para o Atendimento Pré Hospitalar, distribuição de água mineral durante toda a prova e tempo para aquecimento e alongamento.
O Copes, conforme a PM, prepara policiais militares para a execução de operações policiais especiais em situações de alto risco e complexidade elevada e exige do candidato preparo físico e psicológico que serão aprimorados ao longo do curso, além de desenvolver competências técnicas no decorrer das aulas. O Comando da PM informou que instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar as causas do ocorrido.
FONTE BLOG DO MARCELO

Presos são decapitados em rebelião no Maranhão


CAOS NO SISTEMA PENITENCIÁRIO DO BRASIL!!!
Rebelião no Centro de Detenção Provisória (CDP), localizado no Complexo Penitenciário
de Pedrinhas, em São Luís deixou três captados e outro esfaqueado. 


Ontem (17), mais uma rebelião estourou no Centro de Detenção Provisória (CDP), 
localizado no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís.
De acordo com a Superintendência Geral de Administração Penitenciária, o motim 
foi causado em decorrência da rivalidade entre integrantes de uma mesma facção, e
 deixou três captados e outro esfaqueado.

Em outubro, após a rebelião que resultou em 9 mortes e 20 presos feridos, 
além de vários ataques a ônibus, a governadora Roseana Sarney (PMDB) 
decretou estado de emergência no setor prisional e prometeu construir dez 
presídios em 180 dias para desafogar as cadeias do estado e separar as 
facções criminosas. No entanto, nada foi feito até agora. 

A Mídia mostra, com exclusividade, vídeos em que aparece os homens que foram
 decapitados hoje, dia 17, na rebelião do Centro de Detenção Provisória (CDP), no
 Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. Clique e veja: (Atenção: as imagen
s são fortes e só permitido para maiores de 18 anos)


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Condenados do mensalão devem passar natal e ano novo na cadeia



Condenados no processo do mensalão que cumprem pena no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, devem passar Natal e Ano Novo no presídio, de acordo com portaria publicada no dia 20 de novembro pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP).

Entre os presos do mensalão que se encontram na Papuda estão o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-deputado federal Valdemar Costa Neto.


A portaria nº 07 de 2013, da VEP, prevê que fica autorizada a “saída especial” aos internos que tenham obtido até 24 de novembro progressão para regime semiaberto e autorização para saídas temporárias. Além disso, a norma só permite a concessão do benefício aos presos que já estejam trabalhando e àqueles que tenham obtido autorização para o trabalho externo, ainda que não tenham começado a desempenhar as atividades fora do presídio.

Embora estejam cumprindo pena no semiaberto, Dirceu, Delúbio e Costa Neto ainda não têm autorização para trabalho externo nem obtiveram autorização para saída temporária.

Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça do DF, mesmo após a publicação da portaria, os advogados dos presos que não atendem aos requisitos estabelecidos na norma podem fazer pedido a um juiz da VEP para que os clientes obtenham o benefício. No caso específico dos presos do mensalão, o pedido também pode ser feito ao Supremo Tribunal Federal, informou a assessoria do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, ao qual a vara é subordinada.

Saídas 
As saídas para o Natal serão entre os dias 24 (terça-feira) e 26 (quinta-feira) de dezembro. O detento beneficiado poderá sair às 10h e terá de retornar no mesmo horário do dia-limite estipulado no feriado natalino. No Ano Novo, as saídas ficaram permitidas entre os dias 31 de dezembro (terça-feira) e 2 de janeiro (quinta-feA Lei de Execução Penal prevê que a saída será regulada por portaria da Vara de Execuções Penais, e o sentenciado “deve retornar ao estabelecimento prisional no prazo estabelecido na portaria”. Os objetivos, segundo a lei, são a reinserção e ressocialização do preso.

Justiça condena dupla a mais de 50 anos de prisão por latrocínio de agente penitenciário



O eletricista Jonathan Camargo Grejo, 23, e o soldador Julio César de Almeida, 39, foram condenados pela Justiça de Marília a quase 27 anos de prisão em regime fechado cada pelo latrocínio do agente penitenciário Sebastião Rodrigues Mourão, 50, ocorrido em março na região central em plena luz do dia. Já o pintor Roger Luiz Cardoso de Moura, 23, foi absolvido por falta de provas.



Durante a fase de instrução do processo, Jonathan, que ficou paraplégico durante a execução do crime, admitiu ser o autor do roubo seguido de morte, isentando ainda os outros dois réus de qualquer participação na ação criminosa. Apesar disso, o Ministério Público pleiteou pela condenação do trio com base no reconhecimento das vítimas. Já a defesa dos acusados argumentou pela absolvição.



Em sua decisão, o juiz Décio Divanir Mazeto, da 3ª Vara Criminal, acata a alegação de negativa de autoria apresentada pelo advogado Luiz Fernando Marques Gomes de Oliveira, responsável pela defesa de Roger, e também a acusação contra Jonathan e Julio César, sem fazer distinção da pena aplicada aos dois.



“Tem-se por evidente que o desdobramento da atividade criminosa com solução consumativa mais grave, não pode ser atribuída dosimetricamente a seu autor exclusivo, mas a ambos que assumiram o risco da finalidade que, em última análise, constituía a meta optata da dupla”, diz o magistrado, em trecho da sentença de 13 páginas.



Mazeto aplicou à dupla a pena de 26 anos e dez meses de reclusão em regime fechado devido a reincidência pelo crime de roubo. Ele ainda não concedeu aos réus o direito de recorrer em liberdade, determinando que ambos permaneçam encarcerados na penitenciária em que se encontram.



“Os acusados são reincidentes em crime de roubo. Embora tenham cumprido condenação por ataques ao patrimônio alheio, optaram por prosseguir na vida do ilícito, revelando personalidade voltada à delinquência com evidente desprezo aos mais significativos valores sociais, tais como a vida e o patrimônio. Os antecedentes comprometedores de ambos não permitem a fixação da pena base no patamar mínimo”, finaliza o magistrado. A sentença foi proferida ontem (6).



O CRIME



Por volta das 15h de 14 de março, Jonathan, armado com um revólver calibre 38, invadiu a joalheria, localizada no cruzamento das ruas Paes Leme e Quatro de Abril, e rendeu funcionários. Ele exigiu que o cofre fosse aberto e roubou todas as joias.



Ao deixar a joalheria, o jovem cruzou com o agente penitenciário e houve troca de tiros. Sebastião foi baleado na cabeça, ainda foi socorrido com vida, mas faleceu no dia seguinte. Já o criminoso foi atingindo no abdômen, perdeu instantaneamente os movimentos das pernas e ficou caído até ser algemado por policiais militares. Ele teve que ser socorrido para o HC por viatura da PM, pois populares ameaçavam linchá-lo.



Minutos após o crime, Julio César foi preso quando caminhava pela rua Lima e Costa. Ele foi reconhecido pelas vítimas como um dos comparsas do crime. Já Roger Luiz foi detido nas proximidades do Espaço Cultural.



Fonte: Diário de Marília

Ministro Gilmar Mendes do STF faz críticas contundentes ao modelo do sistema prisional brasileiro

A prisão de condenados do mensalão deu relevância a um tema que pouco mobiliza o país: as péssimas condições dos presídios brasileiros.



Na semana passada, a coluna conversou com o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), sobre o assunto. Quando ocupou a presidência da corte, ele visitou presídios em todos os Estados do país e chegou a soltar 22 mil pessoas que já tinham cumprido suas penas e mofavam no cárcere.


O ex-deputado José Genoino, recém-operado do coração, bebeu água de torneira na Papuda, presídio que não tem sequer plantão médico. É um lugar destruidor e parece compreensível a preocupação da família dele.


É claro. É claro. Nós deveríamos discutir essa questão de uma maneira muito aberta e franca para superarmos realmente esse quadro caótico que é o das prisões. Não faz sentido que, num país como o Brasil, nós tenhamos presídios sem as mínimas condições para um tratamento digno das pessoas. Deveríamos chamar a atenção para a responsabilidade de todos os setores.


Quais?


Do governo federal, via Ministério da Justiça, que tem um fundo significativo para a melhoria das condições penitenciárias. Das secretarias estaduais de Justiça. Do Ministério Público, que deveria fiscalizar os presídios. Do Judiciário. É uma cadeia de responsabilidades que não cumpre a sua função.


Quando presidiu o STF (Supremo Tribunal Federal) e o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em 2008, o senhor organizou mutirões carcerários e visitou presídios em todo o país. O que encontrou?


Um quadro de desmando completo, de abandono, de pessoas amontoadas. O preso está mal, com problema de saúde, ele é colocado fora da grade, mas deitado no chão. No presídio de Pedrinhas, no Maranhão, encontramos um sujeito com o ventre aberto. No Espírito Santo, presos estavam num contêiner. Os de cima faziam necessidades nos que estavam embaixo.


E todos sabem que é assim.


A relação de pouco caso da sociedade com o sistema [carcerário] se traduz na relação do poder público com ele. Se faltam recursos, os primeiros cortes são nessa área. É um quadro de abandono.


E a pressão social é zero.


Não há nenhuma crítica da sociedade. Não há nenhum partido que verbalize isso. Certa vez me perguntaram por que o STF só cuidava de réus ricos. Não. O tribunal cuida de réus ricos e de pobres. Mas a imprensa só se interessa pelos ricos.


Parcela da população acha que criminosos não merecem qualquer consideração.


O preso só perdeu a liberdade, nada mais. A legislação não permite outras sanções. Por outro lado, essas más condições dos presídios representam uma ameaça à segurança pública. A omissão do Estado é suprida por organizações criminosas. Os privilégios são dados não pelo sistema estatal, mas pelo sistema informal que se organiza no presídio.


O banqueiro Edemar Cid Ferreira, ao contar a sua experiência quando foi preso, disse que os detentos só pensam em uma coisa: que a mulher e a filha estão se prostituindo para se sustentar. No desespero, encontram amparo nas organizações criminosas.


Sem dúvida nenhuma. A falta de cuidados do Estado faz com que a atividade supletiva [aos presos] seja dada pelas organizações. Elas passam a prestar um serviço que deveria ser do Estado, das ONGs, dos segmentos da comunidade. Oferecem advogados, assistência à família do preso. E se fortalecem.


O preso, no desamparo...


[interrompendo] Ele aceita qualquer oferta. Por isso é preciso realmente discutir esse tema com seriedade. Não é só um problema de direitos humanos. É uma questão séria de segurança pública.


E ninguém se importa.


Aparentemente há um certo desleixo, uma certa desídia. Nós já nos acostumamos com essa situação. Esse é um quadro que nos envergonha.


O que mais os mutirões carcerários revelaram?


Em cerca de um ano, detectamos algo como 22 mil presos há três, quatro, sete anos, sem inquérito concluído. No Ceará, encontramos uma pessoa presa há 14 anos sem julgamento. Há aqueles que já cumpriram a pena e estão esquecidos nos presídios.


E que explicação o juiz dá?


Sempre se diz que é um problema de falta de infraestrutura. Terceiriza-se a responsabilidade. Mas hoje nós não podemos dizer que os juízes não têm responsabilidade sobre o caos do sistema prisional. No CNJ, verifiquei que nós tínhamos juízes da execução penal que nunca tinham visitado um presídio.


Mas é a obrigação deles.


Talvez isso seja a concretização dessa pré-compreensão negativa que a própria sociedade tem em relação aos presídios. Isso talvez contamine a ideologia e a percepção do próprio juiz.


Ou seja, "dane-se".


Pois é. E, por outro lado, as corregedorias não exigem [dos juízes], o Ministério Público não cumpre a sua função, que é a de fiscalizar as condições dos presídios. Por isso o CNJ editou várias resoluções determinando que se fizessem verificações sucessivas das prisões provisórias. No patamar tecnológico que nós atingimos, temos condições de saber tudo o que acontece no sistema prisional. O próprio CNJ teria condições de monitorar isso.


E os advogados?


A OAB não tem nenhum interesse sobre isso. Aliás, os setores de direitos humanos em geral. Eles quase sempre focalizam o quê? É o preso político, é o caso [do italiano Cesare] Battisti. Mas eles não se interessam pelos presos comuns. Esse desprezo da sociedade para com a comunidade de presidiários contamina todos os segmentos.


E os defensores públicos?


Não há defensores suficientes para a demanda.


Fortalecer as defensorias não poderia ser uma solução?


Elas são órgãos estaduais. E hoje existe toda uma disputa corporativa. Os defensores querem equiparação [salarial com juízes e promotores]. Os governadores [que arcam com os custos] veem esse quadro com desconfiança. Isso [a obrigação de se criar defensorias] está na Constituição de 1988 de forma muito clara. Passados 25 anos, nós ainda não temos um modelo estruturado. Há Estados grandes que têm 20 defensores. Nós temos hoje 70 mil presos em delegacias, o que é ilegal. E não temos advogados para viabilizar esse debate.


O país estaria precisando de um "Mais Advogados"?


Talvez você não precise contratar advogados. Há um campo interessante para um experimentalismo institucional. Poderíamos pensar num serviço civil obrigatório para todo jovem egresso das faculdades de direito das universidades públicas. Eles ficariam um ano fazendo estágio no sistema prisional. Conheceriam a realidade do Brasil! E prestariam um serviço relevante ao país. Veja, nós temos hoje um número enorme de bacharéis em direito. Se tivéssemos um advogado em cada presídio ou delegacia, é óbvio que teríamos um outro quadro em termos de direitos humanos. Certamente, nas delegacias, neste momento em que conversamos, estão ocorrendo torturas.


E por que a ideia não vinga?


Porque nós temos um quadro corporativo no país. A OAB defende os advogados privados. A Defensoria Pública entende que não deve atuar com voluntários. Eu até já brinquei: não se preocupem, há pobres para todos.


Há também a questão dos ex-detentos.


No Brasil se diz que nós temos um dos maiores índices de reincidência do mundo, de 70%. E por quê? Porque ninguém cuida. O único programa institucionalizado, e ainda assim hoje tocado sem muito entusiasmo, é o Começar de Novo, do CNJ. É preciso intensificar. Porque aqui está o controle da criminalidade. Se a pessoa consegue se ressocializar, obviamente você quebra o ciclo de envolvimento dela com o crime. De novo: não é só uma questão de direitos humanos. O problema é que segurança pública, hoje, virou apenas aparato policial.


Lugar de bandido é na cadeia.


A mensagem, em geral, é a do endurecimento. Nada contra. Mas isso dá uma ilusão de ótica para a sociedade. Não é a resposta adequada a todas as mazelas. O sistema de segurança pública é mais complexo. Não basta colocar o sujeito no presídio. Ele pode ser solto no momento seguinte, porque o juiz não deliberou e houve excesso de prazo, por exemplo. E aí, na comunidade, a repercussão negativa é enorme. A justiça criminal envolve o Ministério Público, a Defensoria Pública, o sistema prisional, a polícia. É por isso que eu digo: nós temos que olhar as árvores e a floresta. O sistema é de uma disfuncionalidade completa. É preciso um freio de arrumação, uma "concertación", um grande mutirão institucional nessa área. Nós temos aqui também o retrato do Brasil: é o caos, graças à má gestão.


O Estado é o caos na hora em que vai fazer Justiça.


Com certeza. A grande prioridade hoje em matéria de continuidade da reforma do Judiciário deveria ser a justiça criminal, como um tema de direitos humanos e de segurança pública. Quantos inquéritos ficam sem conclusão no país? Em Alagoas, encontramos 4.000 homicídios sem sequer inquérito aberto.


A Justiça é injusta.
De todo lado nós temos injustiça aqui.


Mônica Bergamo



Folha de S. Paulo

sábado, 7 de dezembro de 2013

SAIU O CONCURSO PARA AGENTE PRISIONAL E SÓCIO EDUCATIVO EM MINAS GERAIS

PM é condenado à pena máxima pela morte de juíza no Rio de janeiro

O tenente da Polícia Militar Daniel Santos Benitez Lopez foi condenado, no fim da noite de ontem (6), a 36 anos de prisão pela morte da juíza Patrícia Acioli, em 11 de agosto de 2011. Considerado um dos mentores do assassinato pelo Ministério Público, Lopez foi o sexto PM declarado culpado pela Justiça e recebeu a maior pena aplicada até agora aos envolvidos no caso: 30 anos de reclusão por homicídio triplamente qualificado e seis anos por formação de quadrilha armada.
A sessão ocorreu na Comarca de Niterói, cidade em que o crime foi executado. Em sua versão, o policial negou todas as acusações e afirmou ser vítima dos colegas envolvidos na morte de Patrícia Acioli. Segundo o tenente, eles o teriam chamado por telefone para investigar um crime militar em Niterói, e ele não sabia que participaria de um assassinato.
Antes do julgamento, o policial tentou simular que passava mal, mas um sargento da Polícia Militar lotado na carceragem do fórum avisou à juíza ter ouvido do réu que fingiria dores no peito para bater a cabeça e adiar o julgamento. Lopez foi examinado pelo médico de plantão e a sessão prosseguiu após os sinais vitais terem sido considerados estáveis.
Na decisão, foi ressaltada a profissão do condenado e a tentativa de impedir o combate ao crime organizado: "Vale de início ressaltar que houve verdadeiro atentado contra a ordem pública, contra o Estado Democrático de Direito, já que a vítima era magistrada em atuação na esfera criminal e sua vida foi ceifada justamente em razão do exercício desse munus público, no combate acirrado e notório à criminalidade, com evidente intuito de calar a voz da Justiça”.
A defesa do policial tentou adiar a sessão, pedindo que fosse reconsiderado o indeferimento do depoimento de outro acusado, o policial Sammy Quintanilha, que ainda não foi julgado. O pedido foi considerado procrastinatório e rejeitado pelo juízo.
Os advogados da defesa pediram também que fossem retiradas as algemas do acusado, mas o pleito foi negado por questões de segurança: "Em razão do escasso número de policiais militares responsáveis pela segurança do local, considerando a repercussão social do caso e consequente número elevado de pessoas no plenário, além de ser o acusado, notoriamente, de alta periculosidade, inclusive acautelado em presídio federal".

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Surge nos presídios de São Paulo facção criminosa mais violenta


Nova facção mais violenta se organiza em presídios de SP


Imagem ilustrativa

JOSMAR JOZINO
DO "AGORA" 


Uma nova facção criminosa tem atuado nos presídios de São Paulo sob a marca de ações violentas, como a decapitação de inimigos. 
A organização chamada de Cerol Fino já foi responsável pela morte de pelo menos sete detentos neste ano em penitenciárias paulistas. 
O nome do grupo, segundo agentes penitenciários, é uma alusão às linhas de pipa feitas com cola de madeira e caco de vidro moído, que cortam como navalha. 
O preso Anderson de Castro Moraes Borges, 28, da Penitenciária de Andradina (627 km de SP), foi a última vítima da facção criminosa. 
Borges dividia uma cela com outros dois detentos no setor disciplinar. Ele foi decapitado no último dia 28. O coração foi arrancado. A barriga foi cortada e a cabeça, colocada dentro dela. 
Os dois presos acusados pelo crime foram transferidos para a Penitenciária 1 de Presidente Venceslau (611 km de SP). O presídio abriga, em setores separados, integrantes de diversas facções que cometeram falta grave no sistema prisional. Ao menos 50 deles são do Cerol Fino. 
Segundo agentes penitenciários, detentos da facção também já mataram neste ano dois rivais na Penitenciária 1 de Itirapina (212 km de SP), um na Penitenciária 1 de Presidente Venceslau, dois na Penitenciária de Presidente Prudente (558 km de SP) e um em Sorocaba (99 km de SP). 
INQUÉRITO 
A Secretaria da Administração Penitenciária não comentou a existência da facção, mas informou que abriu procedimento disciplinar para apurar a morte do preso e que foi instaurado inquérito. 
Segundo a pasta, também será solicitada a internação em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) dos presos envolvidos na morte de Borges. 
A pasta informou ainda que os presos já estão cumprindo sanção disciplinar.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Diretores de presídio de Minas gerais são denunciados na Assembléia legislativa

Os abusos de autoridade, o excesso de poder e as graves violações de direitos humanos cometidas contra os agentes penitenciários pelo Diretor-Geral do Sistema Prisional de Paracatu, Glautom Pereira da Silva e pelo Diretor Adjunto, Wenderson Oliveira Lima, foram denunciadas em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a requerimento do deputado Sargento Rodrigues, nesta quarta-feira, 4/12/2013.
De acordo com a ex-agente penitenciária, Lídia Ferreira Peres, o diretor adjunto Wenderson Oliveira Lima liberava a entrada de visitantes com produtos não permitidos. “Às vezes apareciam pessoas com produtos na portaria e eu não deixava entrar pelas normas, mas ele ia até a recepção e deixava passar, dizendo que quem mandava era ele. Além disso, algumas moças bonitas das famílias dos presos iam visitá-los de barriga de fora, não podia, mas ele conversava e liberava”, denuncia.
Além disso, a ex-agente penitenciária afirmou que o diretor ajunto queria ver o “circo pegar fogo” entre os agentes penitenciários quando se desentendiam. “Eu tive um atrito verbal com uma colega e pedi para trocar meu plantão, mas não deixaram. O Sr. Wenderson me colocou para trabalhar a noite, mesmo sabendo que eu havia voltado a trabalhar a poucos dias, pois estava de licença maternidade e que tive filho prematuro”, disse.
Segundo o deputado Sargento Rodrigues, as denúncias são gravíssimas e devem ser apuradas com rigor. “Eu não poderia deixar de trazer esse assunto aqui. São várias denúncias graves que precisamos ter uma apuração séria, rigorosa. Não podemos deixar que os agentes sejam tratados com desrespeito igual está acontecendo em Paracatu. O administrador público não pode trabalhar por vontade pessoal. As denúncias constituem crime de improbidade administrativa e violação de direitos humanos”, afirma.
A ex-agente penitenciária, Vanussa Ribeiro do Nascimento, denunciou que no carnaval de 2012 o Sr. Wenderson Oliveira Lima fez a doação de absorventes e papéis higiênicos do presídio para um retiro da igreja evangélica Renascer, a qual frequentava o Sr. Glautom Pereira da Silva, além de emprestar colchões e rádios de comunicação HT. Ela informou, ainda, que quando pedia absorventes para as detentas eles afirmavam que o Estado fornecia a quantidade correta, sem sobras.
Ainda segundo Vanussa, os contratos dos oito agentes penitenciários não foram renovados devido aos questionamentos feitos à direção do presídio. Ela disse que há preferências em relação aos presos. “Alguns podem trocar de roupa toda semana, outros não. Isso também ocorre com os agentes penitenciários, alguns possuem privilégios, outros são desrespeitados”, explica.
Em seu relato, Vanussa informou que durante a campanha eleitoral de 2012 o agente penitenciário Ítalo foi liberado durante dez dias para fazer a segurança particular de um candidato a prefeitura da cidade e que os outros agentes trabalharam em três ou quatro plantões seguidos. Outro caso é do agente Eunício que obteve licença para fazer sua campanha eleitoral para vereador, também em 2012, e durante o período continuou recebendo salário. Entretanto, aos outros agentes eram informados que para fazer campanha, caso fossem se candidatar, teriam que cancelar o contrato de trabalho. A ex-agente também afirmou que os diretores emprestavam munições para outros agentes caçarem.
As ex-agentes penitenciárias destacaram, ainda, que na última reunião geral, diante de toda a unidade, o diretor-adjunto Wenderson Oliveira Lima, disse que iria tirar o “lixo” do presídio, que iria “balançar a figueira” para cair os figos podres.
Para a ex-agente penitenciária Walquíria Pereira Santana, os ex-agentes passaram por muitas humilhações no presídio. “Eu passei por muitos constrangimentos, fui humilhada, chamada de sapatão. Um dia o senhor Wenderson começou uma piada dizendo que eu estava mandando cartas de amor para a detenta Marlene e pediu a agente Cristina para abrir e ler. Além disso, pediu depoimento para cada presa da guarita 1 para saber se elas me viam trocando as cartas ou carícias”, explica.
Para o Chefe de Gabinete da Subsecretaria de Administração Prisional (SUAPI), Samuel Marcelino de Oliveira, eles não sabiam destes acontecimentos. “Com relação ao que foi falado aqui hoje, nós não sabíamos, tomamos conhecimento antes de ontem pelo requerimento do deputado Sargento Rodrigues. Ficamos estarrecidos, são várias irregularidades, vários crimes. O que mais me espanta é que os contratos destes agentes não foram renovados. São fatos graves que foram ditos e precisam ser comprovados”, disse.
Sargento Rodrigues afirma que os agentes penitenciários não fazem denúncias, nem comunicados, devido ao medo e receio de não terem seus contratos renovados. Além disso, as denúncias feitas constituem crime de peculato por parte dos diretores geral e adjunto, improbidade administrativa, assédio moral, sendo também coautores de crime eleitoral. O parlamentar lembrou, ainda, da Lei 18.185 com a qual os contratos começaram a ser renovados a cada três anos, já que antes a renovação era realizada a cada 6 meses.
Ao final, Rodrigues fez um apelo para que o Diretor-Geral do Sistema Prisional de Paracatu, Glautom Pereira da Silva, seja afastado imediatamente para não coagir, ameaçar ou pressionar as testemunhas que irão depor no processo.
A Comissão de Direitos Humanos, a requerimento do deputado Sargento Rodrigues, enviará notas taquigráficas da reunião para o Secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, e para o Subsecretário de Administração Prisional, Murilo Andrade de Oliveira, para a abertura de processo administrativo disciplinar, assegurada ampla defesa e o contraditório aos acusados e, também, ao Procurador-Geral de Justiça para apurar a prática dos crimes de peculato, improbidade administrativa e crime eleitoral.

Preso morto em rebelião em Morro do Chapéu respondia por estupro

O detento Ednaldo Souza Brito, 27 anos, morto durante uma rebelião no início da tarde de terça-feira (3), no município de Morro do Chapéu, morreu após ser espancado por cerca de 10 presos. A informação é da delegada Lúcia Maria Dias. Segundo ela, ele provavelmente sofreu um traumatismo craniano, fato que deverá ser confirmado após a conclusão do laudo médico. 

Segundo Dias, Ednaldo respondia pelo crime de estupro. Preso pela última vez em setembro deste ano, ele confessou em depoimento ter abusado de 42 mulheres. “O último caso teria ocorrido em setembro deste ano, em Irecê, onde ele estuprou uma adolescente de 13 anos”, afirmou a delegada.

Os 10 detentos que participaram do crime vão responder por homicídio, lesão corporal e dano qualificado ao patrimônio público. Isto porque além de matarem Edvaldo, eles destruíram duas das quatro celas da unidade policial, junto com outros 17 presos. Eles protestaram por conta da má qualidade e da quantidade da alimentação servida no local. Segundo a delegada, o fornecedor foi trocado no último domingo (4), fato que não agradou aos detentos. 


Outros três presos ficaram feridos durante a rebelião e foram encaminhados ao hospital da cidade, de onde foram transferidos para o Hospital Regional de Irecê. Não há informações sobre o estado de saúde deles.

A delegada titular, Lúcia Maria Dias, aguarda uma resposta do Departamento de Polícia do Interior (Depin), para que seja realizada a transferência dos 27 presos. A unidade ficou completamente destruída e impossibilitada de abrigar os detentos. Os presos estão divididos em duas celas, que tem capacidade para quatro apenas pessoas. Segundo a assessoria da Polícia Civil, a situação deve ser resolvida em um prazo de até 12 horas.

Mulher é presa tentando entrar no presídio de Teixeira com celular na vagina












Teixeira de freitas: Foi presa tentando entrar com um celular
 dentro da vagina, no Conjunto Penal de Teixeira de Freitas,
 a Mariza Laurinda Menezes, de 19 anos, moradora da cidade
do Prado, que levava o aparelho para o seu companheiro
Wagner Alomba, que está cumprindo pena por homicídio. 

O celular da marca LG estava com o carregador envolto em
algodão e saco plástico e enfiado dentro da vagina de Mariza.
Ele foi descoberto durante a revista. 

Desde agosto de 2009 foi sancionada lei que prevê como
crime o ingresso de aparelho celular em estabelecimento prisional.
 Previsto no artigo 349-A, introduzido pela Lei 12.012:
“Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a
entrada de aparelho telefônico, de comunicação móvel, de rádio
ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional.
Pena — detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.” 























































Desde agosto de 2009 foi sancionada lei que prevê como crime o ingresso de aparelho celular em estabelecimento prisional. Previsto no artigo 349-A, introduzido pela Lei 12.012: “Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico, de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional. Pena — detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.”








Lula diz que seu maior erro na Presidência foi indicar Joaquim Barbosa para o STF

Com as prisões de José Dirceu e José Genoíno, o ex-presidente Lula não esconde mais sua irritação com o presidente do STF, Joaquim Barbosa. A amigos que estiveram com Lula nos últimos dias, as críticas deixaram de ser veladas, e ele passou a ser categórico. Disse que o maior equívoco que cometeu na Presidência foi o de indicar Barbosa para ministro do Supremo.

No Planalto, a avaliação é que não há hipótese de o presidente do STF, Joaquim Barbosa, filiar-se a algum partido para concorrer à Presidência ou a algum cargo majoritário nas eleições do ano que vem.
O núcleo político do governo acha que todos os bônus obtidos por Barbosa no Supremo cairão por terra. “Ele terá que responder sobre todas as suas escolhas e por todos os erros e problemas enfrentados pelo partido a que ele se filiar”, diz um interlocutor palaciano. Ministros do STF fazem a mesma aposta e ainda contam que ele deverá se aposentar tão logo deixe a presidência, em 2014, para evitar ser comandado por Ricardo Lewandowski, o próximo presidente do STF.

Justiça DF determina tratamento igual aos presos do mensalão


Bandidos armados tentam resgatar preso em plena luz do dia no Fórum de Minas gerais





02/12/2013 -Uma verdadeira afronta a justiça de Coronel Fabriciano ocorreu na tarde de ontem por volta das 16hs quando bandidos armados tentaram resgatar das mãos de um agente penitenciário, a irmã de um dos envolvidos, que seria ouvida pela justiça no Fórum Dr. Orlando Milanez.


Segundo informações da PM, dois autores, trajando blusa preta de malha e cordão de prata no pescoço tamanho grande e de bermuda de tac-tel e o outro trajava blusa branca e bermuda jeans, por volta das 16:45h havia tentado resgatar das mãos de um agente penitenciário, a detenta Lais de Abreu Duarte que seria ouvida no fórum de Cel Fabriciano, sendo esta detenta irmã do menor infrator W.A.D. 17 anos, porém não conseguindo evadiu rumo a "Prainha" no Centro de Ceronel Fabriciano. 

O agente penitenciário viu W.A.D. 17 anos de posse de uma arma de fogo, de posse destas informações uma viatura do Tático Móvel realizou o cerco policial no Santa Terezinha e Alegre, bairro que dá acesso ao "Prainha" ,logrando êxito na prisão dos autores.

Ao procederem buscas no veiculo GM/ corsa de cor branca, placa LNA5162, cidade de TIMÓTEO,que estava sendo conduzido pelo autor Alexandre Silva Costa, 24 anos, morador do bairro "Prainha" que estava dando fuga para o menor W.A.D. 17 anos, junto com outro menor S.J.M. 17 anos. Foi localizado um tablete de maconha, uma garrucha com as características que o agente passou a PM e a quantia de R$110,00(cento e dez reais em moeda corrente, sendo duas notas de R$50,00 reais e uma nota de R$ 10,00 reais.

Diante os fatos foi dado voz de prisão ao autor e apreensão aos menores infratores, por porte ilegal de arma de fogo e tráfico ilícito de drogas, sendo o veiculo apreendido por estar envolvido na prática de crime. 
O agente penitenciário reconheceu a arma apreendida, como a que estava na posse do menor W.A.D. 17 anos na hora da tentativa de resgate de presos.
O fato, os objetos apreendidos foram todos localizados dentro do veiculo e encaminhados a Delegacia de Ipatinga.

Fonte: PMMG






segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Condenadas no mensalão são transferidas para presídio feminino

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal transferiu hoje (2) Simone Vasconcelos e Kátia Rabello, condenadas na Ação Penal 470, o processo do mensalão, para a Penitenciária Feminina da Colmeia, localizada a 40 quilômetros do centro de Brasília.

A transferência foi determinada pela Vara de Execuções Penais na quinta-feira (28). Os juízes afirmaram que elas devem ficar “em local adequado aos seus atuais regimes de cumprimento de pena”.

Simone e Kátia estavam presas no 19º Batalhão da Polícia Militar, dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, por determinação do juiz Ademar Silva de Vasconcelos.

As duas condenadas pediram ao Supremo Tribunal Federal transferência para Belo Horizonte, onde apresentaram-se à Polícia Federal antes de vir para Brasília, mas o pedido ainda não foi analisado pelo presidente do Tribunal, Joaquim Barbosa.

Simone, ex-funcionária do publicitário Marcos Valério, foi condenada a dez anos e dez meses de prisão, e Kátia, ex-presidenta do Banco Rural, a 14 anos e cinco meses de prisão, em regime fechado.

Fonte: Agência Brasil

TST determina indenização a agente penitenciário sujeito a doenças e sem proteção

Um agente penitenciário do Instituto Nacional de Administração Prisional Ltda., em Colatina (ES), irá receber adicional de insalubridade e indenização por danos morais devido às más condições de trabalho, conforme decisão da Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho. O empregado disse que realizava trocas de toalhas e lençóis entre uma e outra visita íntima dos presos, que muitas vezes encontravam-se sujos de sangue e secreções.


O instituto tentou reformar a condenação, que veio do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES), em recurso para a Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), mas o pedido foi negado.


De acordo com o TRT17, as condições de trabalho no ambiente prisional possibilitaram o contato com agentes infectocontagiosos, como micoses, leptospirose e aids. O TRT justificou a indenização pelo fato de o empregador não fornecer equipamentos de proteção adequados ao exercício das atividades do empregado, o que demonstrou a sua negligência com a saúde do trabalhador.


No recurso para o TST, o instituto pediu a reanálise da decisão do TRT capixaba, afirmando que o contato do empregado com agentes biológicos não era permanente. Ainda segundo o instituto, não houve comprovação de conduta vexatória, ou discriminatória por parte do empregador, para gerar dano moral. "Ele já sabia das condições de trabalho em uma penitenciária antes da contratação", argumentou a entidade.


Na Quarta Turma, o recurso do instituto esbarrou na impossibilidade de reanálise de provas. A relatora do processo, ministra Maria de Assis Calsing, explicou que o recurso não pôde ser conhecido em razão da Súmula 126 do TST, que afasta a possibilidade da utilização do recurso de revista para reexame de fatos e provas.


(Ricardo Reis/PA)




O TST possui oito Turmas julgadoras, cada uma composta por três ministros, com a atribuição de analisar recursos de revista, agravos, agravos de instrumento, agravos regimentais e recursos ordinários em ação cautelar. Das decisões das Turmas, a parte ainda pode, em alguns casos, recorrer à Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SBDI-1).