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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Justiça condena dupla a mais de 50 anos de prisão por latrocínio de agente penitenciário



O eletricista Jonathan Camargo Grejo, 23, e o soldador Julio César de Almeida, 39, foram condenados pela Justiça de Marília a quase 27 anos de prisão em regime fechado cada pelo latrocínio do agente penitenciário Sebastião Rodrigues Mourão, 50, ocorrido em março na região central em plena luz do dia. Já o pintor Roger Luiz Cardoso de Moura, 23, foi absolvido por falta de provas.



Durante a fase de instrução do processo, Jonathan, que ficou paraplégico durante a execução do crime, admitiu ser o autor do roubo seguido de morte, isentando ainda os outros dois réus de qualquer participação na ação criminosa. Apesar disso, o Ministério Público pleiteou pela condenação do trio com base no reconhecimento das vítimas. Já a defesa dos acusados argumentou pela absolvição.



Em sua decisão, o juiz Décio Divanir Mazeto, da 3ª Vara Criminal, acata a alegação de negativa de autoria apresentada pelo advogado Luiz Fernando Marques Gomes de Oliveira, responsável pela defesa de Roger, e também a acusação contra Jonathan e Julio César, sem fazer distinção da pena aplicada aos dois.



“Tem-se por evidente que o desdobramento da atividade criminosa com solução consumativa mais grave, não pode ser atribuída dosimetricamente a seu autor exclusivo, mas a ambos que assumiram o risco da finalidade que, em última análise, constituía a meta optata da dupla”, diz o magistrado, em trecho da sentença de 13 páginas.



Mazeto aplicou à dupla a pena de 26 anos e dez meses de reclusão em regime fechado devido a reincidência pelo crime de roubo. Ele ainda não concedeu aos réus o direito de recorrer em liberdade, determinando que ambos permaneçam encarcerados na penitenciária em que se encontram.



“Os acusados são reincidentes em crime de roubo. Embora tenham cumprido condenação por ataques ao patrimônio alheio, optaram por prosseguir na vida do ilícito, revelando personalidade voltada à delinquência com evidente desprezo aos mais significativos valores sociais, tais como a vida e o patrimônio. Os antecedentes comprometedores de ambos não permitem a fixação da pena base no patamar mínimo”, finaliza o magistrado. A sentença foi proferida ontem (6).



O CRIME



Por volta das 15h de 14 de março, Jonathan, armado com um revólver calibre 38, invadiu a joalheria, localizada no cruzamento das ruas Paes Leme e Quatro de Abril, e rendeu funcionários. Ele exigiu que o cofre fosse aberto e roubou todas as joias.



Ao deixar a joalheria, o jovem cruzou com o agente penitenciário e houve troca de tiros. Sebastião foi baleado na cabeça, ainda foi socorrido com vida, mas faleceu no dia seguinte. Já o criminoso foi atingindo no abdômen, perdeu instantaneamente os movimentos das pernas e ficou caído até ser algemado por policiais militares. Ele teve que ser socorrido para o HC por viatura da PM, pois populares ameaçavam linchá-lo.



Minutos após o crime, Julio César foi preso quando caminhava pela rua Lima e Costa. Ele foi reconhecido pelas vítimas como um dos comparsas do crime. Já Roger Luiz foi detido nas proximidades do Espaço Cultural.



Fonte: Diário de Marília

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