Ministro do STF preside comitê da América Latina para prevenção do crime.
Para o magistrado, presídios do Brasil são "verdadeiras escolas do crime".
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski defendeu, em entrevista ao G1, a implantação de um plano nacional para impedir tentativas de infiltração do crime organizado no Judiciário. O magistrado passou a acumular suas funções na Suprema Corte com a presidência do Comitê Permanente da América Latina para a Prevenção do Crime.
"A tentativa de infiltração das organizações criminosas no Judiciário apenas revela a vulnerabilidade dos juízes em nosso país, que está a exigir um plano nacional de segurança para a magistratura, lembrando que, recentemente, no Rio, uma juíza foi assassinada por grupos criminosos em razão de sua atuação profissional", afirmou Lewandowski, em referência à morte de Patricia Acioli, assassinada em uma emboscada em agosto de 2011.
O colegiado presidido pelo ministro do STF, vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU),foi instalado em evento realizado no Rio de Janeiro na segunda (21) e na terça-feira (22). O grupo terá a missão de monitorar e apontar soluções para a violência urbana na América Latina.
Há menos de duas semanas, escutas telefônicas gravadas pelo Ministério Público de São Paulorevelaram tentativas de infiltrar integrantes de facção criminosa que age dentro e fora dos presídios de São Paulo no gabinete de Lewandowski no Supremo.
Em maio deste ano, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou resolução que cria o Sistema Nacional de Segurança do Poder Judiciário (SINASPJ). A estrutura definirá normas e rotinas de segurança para magistrados e tribunais.
Esse sistema terá um Comitê Gestor, responsável por definir um Plano Nacional de Segurança do Poder Judiciário, e um Departamento Nacional de Segurança do Poder Judiciário. Segundo o CNJ, a instalação do comitê gestor deve ser discutida na próxima reunião administrativa do conselho, prevista para ocorrer em duas semanas.
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