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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Justiça nega habeas corpus para médica presa acusada de matar irmãos em Salvador

REDE BAHIA | G1
Segundo TJ, desembargador Jefferson Alves indeferiu solicitação. Oftalmologista foi indiciada por duplo homicídio após atropelar irmãos.
O pedido de liminar do habbeas corpus ajuizado pelos representantes da oftalmologista Kátia Vargas Pereira, investigada por provocar a morte dos irmãos Emanuel e Emanuele Dias, 22 e 23 anos, foi indeferido pelo desembargador Jefferson Alves de Assis e publicado no Diário da Justiça Eletrônico nesta quinta-feira (24).
De acordo com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), o pedido de liminar diz respeito ao requerimento do julgamento do habeas corpus em caráter de urgência. A ação ainda será distribuída por sorteio e poderá ou não ser julgada pelo mesmo desembargador que apreciou o pedido de liminar. O TJ-BA não informou quando o julgamento deverá acontecer.
As vítimas trafegavam em um moto quando foram atingidas pelo carro da médica no bairro de Ondina, em Salvador, no dia 11 de outubro. No dia 17, a médica recebeu alta do Hospital Aliança, onde foi internada após o acidente, e foi encaminhada para o presídio feminino no Complexo Penitenciário da Mata Escura. Ela permanece custodiada na unidade está quinta-feira.
Indiciada

A delegada Jussara de Souza, da 7ª delegacia, indiciou a oftalmologista por duplo homicídio triplamente qualificado. O inquérito do caso foi concluído pela Polícia Civil e encaminhado ao Ministério Público na sexta-feira (18). No domingo (20), foi realizada a missa de sétimo dia dos irmãos.
‘Choque’
“Ela está catatônica. Está em estado de choque. Ela não tinha a mínima possibilidade de prestar depoimento. Estava aérea. Não sei se por causa dos medicamentos”, afirmou o promotor do Ministério Público da Bahia, David Gallo, após a médica chegar ao presídio. Segundo o promotor, a médica respondeu apenas perguntas básicas sobre ela, como nome, endereço, mas não falou a respeito da batida que matou os dois irmãos no bairro de Ondina.
O advogado da suspeita pediu respeito durante as investigações. “Infelizmente, ainda não posso falar sobre esse processo porque ele está em tramitação. A gente precisa ter respeito aos mortos, às familias dos mortos, à família da minha cliente que está sofrendo muito e à minha cliente. Ninguém pode ser tachado de culpado sem que o processo tenha terminado” afirmou o advogado Vivaldo Amaral.
O advogado dela manteve a confiança na absolvição da médica. “Não estranhe se ao final desse processo, depois de alguns anos, as pessoas que crucificaram minha cliente peçam desculpa. Fatos novos virão e eu tenho certeza que vamos reverter essa situação”, conclui. Daniel Keller, advogado da família das vítimas, afirma que confia na Justiça e na condenação da mulher. “A prisão foi o primeiro objetivo da família e hoje ela está presa. A expectativa é que ela continue presa enquanto aguarda julgamento. Acreditamos na Justiça, no Poder Judiciário”, diz. A delegada Jussara Souza não falou com a imprensa.

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