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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Policiais militares recebem ordem de prisão por desacato à Juíza

PMs se recusam a efetuar prisão e são detidos dentro de Fórum por desacato à juíza De acordo com o tenente-coronel, Arilson Valério, comandante do 4º BPM, dois cabos e o soldado disseram que não iriam efetuar a prisão porque não tem flagrante e não estavam com um mandado para prendê-lo

Fórum de Alagoinha
Três policiais militares, sendo dois cabos e um soldado, foram detidos dentro do Fórum Civil
 da cidade de Alagoinha, na região do Brejo do estado, por ordem da juíza Inês Cristina. 
A magistrada entendeu que os militares não obedeceram sua ordem para prender um homem
 suspeito de invadir uma residência, o que configuraria desacato à autoridade. O fato ocorreu nessa
 terça-feira (11), mas o assunto só foi divulgado nesta quinta-feira (13).
Segundo o tenente-coronel, Arilson Valério, comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar, os policiais
 estavam trabalhando no destacamento da cidade de Mulungu quando receberam uma ligação
 do Fórum onde um representante disse que a juíza determinou que prendessem um homem, mesmo
 sem um documento que justificasse a prisão do suspeito.
“Os policiais disseram que não iriam efetuar a prisão porque não tem flagrante e não estavam com um
 mandado para prendê-lo. Diante da justificativa, a juíza Inês Cristina, pediu que os policiais fossem
 até o fórum e quando chegaram ela deu voz de prisão, a um cabo e, em solidariedade ao amigo, os 
outros policiais tentaram falar com a magistrada. Ela entendeu como desacato e desobediência e
 mandou prender todos ”, comentou o comandante.
O tenente-coronel foi até o Fórum e encontrou os policiais algemados e um deles chorando. “Foi uma
 situação vexatória. Um cabo estava chorando pela situação em que foram submetidos. Conversei com 
a juíza, mas ela tentou justificar o ocorrido e daí trouxe os policiais até à sede do 4º Batalhão da PM.
 A magistrada informou que vai processar os policiais”.
Os cabos e o soldado pediram transferência da cidade alegando o constrangimento. Um processo
 administrativo foi aberto pelo batalhão para apurar a ocorrência. “Vou publicar no boletim interno do
 batalhão a transferência dos policiais para outra cidade que não faça parte da comarca onde a juíza
 é responsável”, falou o tenente-coronel Arilson Valério.
Portal Correio tentou falar com a juíza Inês Cristina, mas o gerente do Fórum de Alagoinha, João
 Batista, disse que a magistrada estava em um julgamento e não tinha hora exata para terminar o júri.
FONTE: UOL

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