No dia 24.08.2010, ocorreu um dos episódios mais triste da história dos Agentes penitenciários do Estado da Bahia, com a deflagração da desastrosa operação máscara orquestrada por setores policiais e órgãos públicos representativos do governo do Estado da Bahia, culminando com a prisão de dois agentes penitenciários mais respeitados pela categoria de servidores do sistema prisional.
A ação conjunta da polícia civil, secretaria da fazenda, secretaria de justiça e direitos humanos e Ministério público desarticulou na época uma quadrilha de estelionatários comandada por um preso da Penitenciária Lemos Brito, acusada de lesar o erário publico e empresários. Juntamente com os bandidos foram acusados de participação dois agentes penitenciários lotados na referida unidade, Ranulfo Antonio e Antonio Jorge Freitas, respectivamente Coordenador de Segurança e Coordenador de Vigilância.
Segundo os argumentos utilizados para justificar a prisão dos companheiros, foram utilizadas escutas telefónicas em que foi gravada uma suposta conversa entre presos da PLB e um interlocutor externo, que mandava trazer drogas e outros objetos ílicitos: Pode trazer que o "chefe" libera. Para o promotor responsável pela investigação, esta frase bastou para arrolar os colegas Antonio Jorge e Ranulfo como integrantes do bando de estelionatários.
Na manhã de 24 de agosto de 2010, os citados Agentes penitenciários Tiveram suas residências invadidas por policiais do COE, os quais nem ao menos respeitaram a idade avançada dos pais de Ranulfo e a privacidade da esposa do colega Jorge Freitas, os quais foram praticamente arrancados à força de seus lares na presença de moradores das comunidades onde habitavam .
Ao chegar ao COE, somente o Diretor da PLB, Capitão Marcelo, adentrou ao local para tomar ciência da situação. No local estavam presentes familiares dos dois colegas, eu, e os representantes do SINSPEB, Ailton e Roquildes. Mesmo tendo o acesso não permitido, os Coordenadores do SINSPEB adentraram nas dependÊncias do COE, constatando que os dois agentes penitenciários encontravam-se numa sala preso juntamente com toda a quadrilha de bandidos.
Os dois representantes do sindicato entraram em contato com o Capitão Marcelo, que imediatamente fez gestão com o Coordenador do COE que determinou a separação dos agentes penitenciários do bando de criminosos. Situação, além de constragedora, totalmente arbitrária e ilegal, pois, não foi respeitado a presunção da inocência e nem levado em consideração os mais de 20 anos de serviços público ilibados dos agentes penitenciários Ranulfo e Jorge Freitas.
O Secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, na ocasião, Ivan Bessa, compareceu na sede de operações da Polícia civil, apresentando uma postura indiferente a conjuntura, demonstrando uma vergonhosa submissão aos ditames do então Secretário de Segurança Pública, César Nunes, que de forma arrogante declarou que o caso seria apresentado a Justiça, com os dois agentes incluídos no processo.
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