Leilão de cargos no sistema prisional da Bahia

No Brasil existe muita falácia quando se fala em moralização do sistema prisional, mas o que se vê são desmandos de todas as ordens. Na Bahia, na estrutura de cargos vinculados a Secretaria de adminstração penitenciária e ressocialização existem diversos cargos que deveriam ser ocupados por agentes penitenciários efetivos, no entanto, são leiloados por políticos, servem à pessoas estranhas ao quadro efetivo de servidores do sistema prisional baiano.

Na Penitenciária Lemos Brito (PLB), vários cargos que deveriam ser disponibilizados para os agentes penitenciários que exercem função de coordenador de equipe, são ocupados por cabos eleitorais de políticos como, Nelson Pelegrino, Maria Del Carmem, entre outros, sem falar nos parentes e amigos de diretores de unidades. Absurdo maior é saber que alguns agentes penitenciários que, por ora, exercem cargos de gestão, infestam os presídios com os seus apadrinhados.

Na Colônia Penal Lafaiete Coutinho (CLC), o cargo de coordenador de vigilância, função esta que auxilia o coordenador de Segurança, que deveria ser ocupado por um agente penitenciário efetivo, está servindo a um apadrinhado político, cuja atividade é dirigir, buscar medicação e dar apoio as demandas administrativas. Nada contra o servidor público que ocupa o cargo, tampouco a minha reclamação é tomada por algum sentimento corporativista, apenas, constato o descaso da SEAP com o nosso sistema prisional e principalmente com a carreira de agente penitenciário.

É fato que o agente penitenciário, que deveria ser reconhecido por ser um profissional que garante a funcionalidade do sistema prisional , não recebe a devida valorização, serve apenas como “bode espiatório” quando algo dá errado. A verdade é que a Secretaria de administração penitenciária e Ressocialização (SEAPR) foi criada apenas para acomodação do PDT, diferente do que se esperava que era a criação de uma Secretaria voltada para moralizar e estruturar o sistema penitenciário da Bahia, inserindo e valorizando o servidor penitenciário neste contexto.