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A Polícia Civil investiga a existência de um suposto cemitério clandestino atrás do maior presídio de regime semiaberto doRio Grande do Sul, o Instituto Penal deViamão (IPV). Em janeiro, durante uma operação, cães farejadores foram usados, mas nada foi encontrado. O desaparecimento de detentos também é investigado. A situação crítica do IPV foi mostrada em reportagem no programa Fantástico, no último domingo (19).
"Nosso interesse é apurar se esse fato é verdadeiro ou não. Nossas investigações continuam. Solicitamos que seja registrada ocorrência policial caso um detento seja dado como foragido, mas não é encontrado pela família", diz a delegada Adriana Regina da Costa.
As denúncias partiram de parentes de presos que passaram pelo IPV, e também de um homem que cumpriu pena no local. As trilhas que servem de rota para a fuga de detentos podem também sendo usadas como caminho para um cemitério clandestino. "Tem um cemitério lá, os corpos foram enterrados", afirma um ex-preso.
Os presos saíam para o mato por buracos nas telas. Após a reportagem do Fantástico, as aberturas foram remendadas com arame. Na imagem gravada no ano passado, é possível entender como ocorriam as saídas dos detentos: armados, os homens usam uma escada. Um a um descem das celas e vão até o pátio. E sem vigilância alguma, somem na escuridão.
Somente nos quatro primeiros meses deste ano, 280 presos saíram do IPV e não voltaram. Um deles, que consta como foragido da Justiça, é um homem de 22 anos. A irmã acredita, no entanto, que o jovem esteja morto. "Eu não queria, mas hoje acredito que sim porque faz mais de um mês que não tenho notícias do meu irmão", fala.
A suspeita é que o homem tenha se envolvido em uma briga dentro do IPV, por causa de uma mulher que dormia em uma das celas. Ele teria sido condenado à morte por outros presos e enterrado no matagal. "pelas ligações anônimas que eu já recebi, e de pessoas que conhecem ele lá de dentro e que eu passo por elas na rua, dizem que ele está morto lá no mato".
A mata que fica atrás da casa prisional faz parte do parque municipal Saint-Hilaire, que tem uma área de mais de 1.150 hectares. De acordo com as denúncias, este é o local usado para esconder armas e corpos. Ex-detento que cumpriu pena no IPV, um homem diz que, além de corpos que seriam enterrados no parque, ele também ouviu na cadeia que os mortos eram jogados dentro d'água.
"Preso enterrado também tem. Tem marma escondida no mato, tem arma lá dentro, droga, tudo. Às vezes nem são eles lá dentro que matam, são os caras que vêm da rua e matam os caras na saída. Todo sábado de manhã muita gente sai, e depois não volta", contou.
"Tem enterrado, como todos os outros albergues têm, e tem gente dentro do lago. Bota num saco, enche de pedra e atira lá para dentro", completou o homem. O lago que ele se refere é uma represa, a cerca de 400 metros do presídio.
Fonte: Portal G1
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